A cannabis e as formulações de canabinóides sintéticos já foram legalmente aprovadas em vários países para o tratamento de pacientes com Doença de Parkinson (DP). Portanto, os pacientes com DP consultam os médicos com mais frequência para a prescrição de canabinóides para aliviar os sintomas que podem não responder bem ao tratamento dopaminérgico. Apesar do crescente volume de pesquisas geradas no campo dos canabinóides e seu efeito na doença de Parkinson, ainda há escassez de dados clínicos suficientes sobre a eficácia e segurança em pacientes com DP. Há uma compreensão crescente do sistema endocanabinóide, e a distribuição dos receptores canabinóides nas estruturas dos gânglios da base pode sugerir um benefício potencial nos sintomas parkinsonianos. Com relação à pesquisa clínica, apenas um dos quatro ensaios clínicos randomizados conduzidos até o momento, controlados por placebo, mostrou um efeito nos sintomas motores com alívio da discinesia induzida por levodopa. Há um número crescente de estudos não controlados e relatos de casos que sugerem efeitos benéficos dos canabinóides em pacientes com DP. No entanto, a variedade de substâncias investigadas, as diferentes vias de ingestão, as diferentes doses e intervalos de tempo tornam difícil a comparação dos dados. Aqui, fornecemos uma visão geral da literatura atual neste campo e discutimos uma abordagem pragmática para o uso clínico de canabinoides na DP.
AUTORES: Carsten Buhmann, Tina Mainka, Georg Ebersbach, Florin Gandor
PUBLICADO POR: J Neural Transm. (Vienna)
ARTIGO NA ÍNTEGRA ACESSE: https://link.springer.com/article/10.1007/s00702-019-02018-8