Autores: Terrance Bellnier, Geoffrey W. Brown e Tulio R. Ortega
Introdução: A cannabis medicinal (MC) é comumente considerada um tratamento eficaz para a dor crônica ou refratária. Com o crescente interesse em MC nos Estados Unidos, conforme evidenciado pelos 29 estados e 3 distritos dos EUA que agora têm programas públicos de MC, a necessidade de evidências clínicas que apoiem essa afirmação nunca foi tão grande.
Métodos: Este foi um estudo retrospectivo de imagem em espelho que investigou a eficácia do MC em pacientes que sofrem de dor crônica associada a condições de qualificação para MC no estado de Nova York. O desfecho primário foi comparar os escores do Questionário Europeu de Qualidade de Vida 5 (EQ-5D) e da Escala de Avaliação da Qualidade da Dor (PQAS) no início do estudo e 3 meses após a terapia. Os desfechos secundários incluíram comparações dos custos mensais da prescrição de analgésicos e do consumo de opioides antes e após a terapia. A tolerabilidade foi avaliada pela incidência de efeitos colaterais.
Resultados: Esta investigação incluiu 29 indivíduos. A qualidade de vida e a dor melhoraram, medida pela mudança no EQ-5D (Pré 36 – Pós 64, P <0,0001) e mudança no PQAS paroxístico (Pré 6,76 – Pós 2,04, P <0,0001), superfície (Pré 4,20 – Pós 1,30, P <0,0001), profundo (Pre 5,87 – Pós 2,03, P <0,0001), desagradável (Pré “miserável” – Pós “irritante”, P <0,0001). Os efeitos adversos foram relatados em 10% dos indivíduos.
Discussão: Após 3 meses de tratamento, o MC melhorou a qualidade de vida, reduziu a dor e o uso de opióides e levou à redução de custos. Grandes ensaios clínicos randomizados são necessários para avaliar melhor o papel do MC no tratamento da dor crônica.
Publicado por: Ment Health Clin.
Artigo Completo: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6007634/pdf/i2168-9709-8-3-110.pdf
